5 lições que João Fonseca tirou nas suas participações em Grand Slams

João Fonseca é eliminado por Machac no US Open

Chegou ao fim na quarta-feira (27) a primeira temporada de João Fonseca em Grand Slams. O brasileiro se despediu na segunda rodada do US Open com derrota para o tcheco Tomás Machac, por 3 sets a 0, com as parciais de 7/6 (4), 6/2 e 6/3.

Pegando os quatro Slams como parâmetro, Fonseca acumulou seis vitórias e quatro derrotas. Nada mal para quem completou recentemente 19 anos de idade e está apenas no início de carreira. Em Roland Garros e Wimbledon, o tenista número 1 do Brasil atingiu a terceira rodada, e no Australian Open parou na segunda rodada.

João Fonseca ainda não está pronto para competir de igual para igual com os principais tenistas do planeta. O processo para isso leva algum tempo. É preciso ter paciência. O que dá para dizer é que temos um jogador fora da curva. Em sua primeira temporada completa como profissional, o carioca está próximo do Top-40 e inclusive não será surpresa se figurar entre os cabeças de chave do Australian Open, em janeiro de 2026, Grand Slam que abre a temporada.

Veja abaixo cinco lições que João Fonseca tirou em suas primeiras participações em Grand Slams:

É preciso melhorar o backhand

Talvez o golpe de esquerda seja o principal ponto fraco de João Fonseca. Não só nos Slams, mas em outros torneios da ATP, ele cometeu muitos erros com o seu backhand. Imagino que o seu staff dará uma atenção ainda mais especial a isso daqui para frente. Já o seu forehand é um dos melhores do circuito. Impressionante a potência no golpe.

É preciso ter mais consistência no fundo de quadra

Ainda incomoda bastante os erros de Fonseca no fundo de quadra. Rivais já perceberam que um dos melhores jeitos para neutralizá-lo é abusar das trocas de bola à espera de um erro não-forçado do brasileiro.

Buscar melhor ajuste nas devoluções de saque

Na despedida no US Open, sobretudo no segundo e terceiro set, João não conseguiu atacar o segundo saque de Machac, que por sua vez incomodou bastante o brasileiro com devoluções precisas, obtendo um alto número de pontos. Mais um aspecto para o staff trabalhar.

Aproveitar mais os break-points

Impressionou que até contra tenistas bem mais ranqueados, João Fonseca obteve um alto índice de break-points, porém, não teve muita eficiência em quebrar o saque dos rivais.

Buscar mais variações táticas sem perder a agressividade

A agressividade é a principal marca de João, mas muitas vezes é necessário dosar as forças, buscar mais variações de jogo, sem perder a potência. Machac, por exemplo, soube usar as variações a partir do segundo set para sem sustos chegar à vitória. Se encontrar o equilíbrio, ele certamente vai ser mais competitivo e ir mais longe nos Grand Slams.

Adendo: As críticas apontadas acima são apenas construtivas. São tristes e assustadoras mensagens de torcedores brasileiros nas redes sociais quando João sofre derrotas. Contra Machac foi um festival de bobagens: enganador, fraco e outros adjetivos inapropriados para tratar um jogador recém-chegado ao circuito profissional.

Crédito foto: Dustin Satloff/USTA

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