Hoje em dia, o cenário do torneio de Roland Garros está bem diferente, com Djokovic lesionado e Nadal se despedindo como o “rei do saibro francês”. Agora, os jovens como Alcaraz, Sinner, Ruud e Zverev estão marcando presença e dominando os holofotes, e outros talentos que virão por aí.
Mas, quase todos ouviram falar do fenômeno Gustavo Kuerten, o tenista brasileiro, que brilhou no saibro francês nos anos 2000, como nº 1 do mundo e foi tricampeão inesquecível do Aberto do França, em 1997, 2000 e 2001.
Guga Kuerten é amplamente reconhecido como um dos melhores tenistas do mundo, especialmente por seu desempenho em quadras de saibro. Mas há alguns aspectos menos conhecidos sobre essas conquistas, que justificam essa afirmação e adicionam profundidade à sua história de sucesso.

Preparação mental e emocional
Uma das histórias menos conhecidas é sobre a preparação mental de Guga para um torneio. Em várias entrevistas, ele mencionou a importância de sua psicóloga esportiva, Alice Kuerten sua mãe, que o ajudou a manter a calma e o foco durante as competições. Guga aprendeu técnicas de visualização e controle emocional que foram cruciais para seu desempenho, especialmente nas partidas mais difíceis.
Superação de lesões
Antes de sua vitória em 1997, Guga enfrentou várias lesões que quase o impediram de competir em alto nível. Ele teve que superar dores no quadril e nos joelhos, o que exigiu um grande esforço de reabilitação e força de vontade para voltar às quadras com plena forma física. Sua capacidade de lidar com essas adversidades físicas é um testemunho de sua determinação e resiliência. Infelizmente ele teve que abandonar sua carreira tenística por causa das lesões.
Influência da família e raízes simples
Guga sempre atribuiu grande parte de seu sucesso ao apoio de sua família. Ele vem de uma família de classe média de Florianópolis, e seu pai, Aldo Kuerten, que faleceu quando Guga tinha apenas oito anos, foi uma grande inspiração para ele. Aldo foi árbitro de tênis e incentivou o jovem Guga a se apaixonar pelo esporte. Além disso, sua mãe e seus irmãos sempre foram pilares de apoio emocional durante sua carreira.
Dedicação ao treinamento
Guga era conhecido por sua ética de trabalho e dedicação aos treinos. Ele passava horas aprimorando seu jogo no saibro, o que o ajudou a desenvolver a resistência e a técnica necessárias para dominar a superfície de Roland Garros. Seu treinador, Larri Passos, desempenhou um papel vital ao orientar o catarinense com treinos intensivos e táticas específicas para cada adversário.
Conexão com os fãs
Uma história tocante envolve sua conexão genuína com os fãs. Durante sua campanha em Roland Garros, em 2001, Guga desenhou um coração na quadra após uma vitória emocionante na final, dedicando o gesto aos seus fãs e ao seu amor pelo torneio. Esse momento icônico é menos sobre a vitória em si e mais sobre a demonstração de gratidão e emoção que Guga sentia, algo que ressoou profundamente com o público francês, brasileiro e mundial.

Contribuições e legado
Popularização do Tênis no Brasil: Guga é amplamente creditado por popularizar o tênis no Brasil. Suas vitórias inspiraram uma geração de jovens tenistas brasileiros e aumentaram o interesse pelo esporte no país.
Instituto Guga Kuerten: Após sua aposentadoria, Guga, juntamente com seu irmão e mentor Rafael fundou o Instituto Guga Kuerten, , que promove o esporte e a educação para crianças carentes. Este trabalho filantrópico solidifica seu legado como um ícone positivo e influente dentro e fora das quadras.
Reconhecimento internacional
Hall da Fama do Tênis Internacional: em 2012, Guga foi introduzido no Hall da Fama do Tênis Internacional, uma honra que celebra sua contribuição e sucesso no esporte ao longo de sua carreira.
Guga Kuerten não só foi um dos melhores tenistas de sua geração, mas também deixou um legado duradouro no esporte. Suas conquistas em Roland Garros, sua ascensão ao topo do ranking mundial e seu impacto fora das quadras consolidam sua posição como um dos grandes nomes do tênis mundial. Lembrado e admirado até hoje!